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A FÉ PARA MATAR E MORRER. Terrorismo e o Fundamentalismo Islâmico.

Atualizado: 6 de nov.

O extremismo existe em todas as religiões. Fundamentalistas religiosos são aquelas pessoas que crêem que seu ponto de vista sobre sua religião, é o único correto. Se outros forem intolerentes a sua verdade, poderão sofrer desprezo e agressividade por parte delas.


Atentado de 11 de setermbro de 2001 ao World Trade Centrer
Atentado de 11 de setermbro de 2001 ao World Trade Centrer

Terrorismo e o fundamentalismo islâmico


Grupos fundamentalistas islâmicos como Hamas, Talibã, Fatah, Jihad Islâmica, Hesbollah e outros, se utilizam de palavras e frases contidas no Alcorão, como justificativas para guerrear e gerar terror. Muitos seguidores desses grupos se dispõem a matar e a morrer em nome de sua salvação, convencidos pela fé que possuem nessas escrituras.


Festividades do aniversário do Hamas em Gaza. Crédito: Wikimedia Commons
Festividades do aniversário do Hamas em Gaza. Crédito: Wikimedia Commons

Na verdade, os grupos extremistas interpretam alguns versículos do Alcorão como verdades absolutas, convencendo seguidores a matar e a morrer em nome da salvação. Porém, xeques (autoridades religiosas islâmica) de todo mundo afirmam que os fundamentalistas não consideram o real contexto em que o versículo é citado, e a época ao qual ele se refere. Apesar de alguns trechos do Alcorão incentivarem o uso da violência, é necessário, segundo os xeques, interpretá-los de acordo com o contexto da surata (capítulo do Alcorão), e também de acordo com a época e a divisão das escrituras. Muitos textos foram revelados por Maomé durante batalhas entre os muçulmanos e "os idólatras". Idólatra era o nome dado a todos não muçulmanos que moravam e frequentavam Meca, e que adoravam ídolos e deuses pagãos da Arábia primitiva. Mantinha-se forte comércio religioso com a venda de estátuas aos peregrinos que visitavam a Caba fazendo-os rejeitar a idéia de um Deus único (Allah) e seu profeta (Maomé).


O Alcorão e seus relatos relativos às batalhas de Maomé
O Alcorão e seus relatos relativos às batalhas de Maomé

O Islamismo é a religião que mais cresce no mundo, segundo as últimas estatísticas. A barbarie e o terror, são fruto de grupos radicais fundamentalistas, com objetivos políticos, econômicos, de dominação territorial e religiosa. Eles desejam que todo o mundo seja governado por califados e regidos pelas leis do Alcorão e da Sharia (leis e costumes de conduta islâmicos). Os fundamentalistas islâmicos acreditam que a influência ocidental é prejudicial ao islamismo. Em muitos locais os grupos fundamentalistas são apoiados por grande parte da população, e seus representantes atuam em decisões políticas.


Para exemplificar, apresentaremos 3 versículos do Alcorão entre aqueles utilizados pelos grupos fundamentalistas como justificativas para seus atos. A fé à estas escrituras, é aquela que estimula fieis muçulmanos a cometerem assassinatos e suicídios. Logo a seguir, os comentários de dois destacados xeques, explicando o contexto e a época do conteúdo do versículo dentro do Alcorão. Os comentários foram publicados virtualmente em entrevista realizada pelo UOL/SP em 07/01/2016, com os xeques Rodrigo Rodrigues da mesquita do Parí em São Paulo, e o xeque Jihad Hammadech da WAMY (Assembléia Mundial da Juventude Islâmica)


Surata 2 - A sura da vaca - Versículo 191

Matai-os onde quer que os encontreis e expulsai-os de onde vos expulsaram, porque a perseguição é mais grave do que o homicídio. Não os combatais nas cercanias da Mesquita Sagrada, a menos que vos ataquem. Mas, se ali vos combaterem, matai-os. Tal será o castigo dos incrédulos.


O xeque Hammadech explica que a origem do versículo se refere a um acordo entre os muçulmanos e os idólatras. Acordou-se que tanto os muçulmanos quanto os idólatras poderiam viajar com segurança. Porém, um grupo de idólatras mataram alguns muçulmanos. O versículo então, prevê a pena de morte para aquelas pessoas que quebraram o acordo, e não para todos não muçulmanos.


O Tratado de Hudaybiya
O Tratado de Hudaybiya

O xeque Rodrigues acrescenta que os grupos fundamentalistas usam este versículo como se fosse escrito hoje, e lembra que quem interpreta este versículo como um incentivo à violência, está em discordância com o versículo 190, que diz que o muçulmano só combate quando é agredido, não podendo ser o primeiro a agredir.


Batalha de Bahr - Luta de Maomé contra os idólatras de Meca
Batalha de Bahr - Luta de Maomé contra os idólatras de Meca

Surata 5 - A sura da mesa servida - Versículo 33

A recompensa dos que fazem guerra a Allah e a Seu Mensageiro, e se esforçam em semear a corrupção na terra, não é senão serem mortos ou serem crucificados ou terem cortadas as mãos e os pés, de lados opostos, ou serem banidos da terra. Isso lhes é ignominia, na vida terrena, e na Derradeira Vida, terão formidável castigo.


Ambos os xeques afirmam que o versículo se refere ao revide aos ataques que os muçulmanos vinham, na época, sofrendo. O xeque Rodrigues destaca que os radicais interpretam o versículo fora do contexto e o usam como justificativa para mortes.



Surata 9 - A sura do arrependimento


Versículo 3

E é uma proclamação de Allah e de Seu Mensageiro aos homens, no dia da Peregrinação maior: que Allah e Seu Mensageiro estão em rompimento com os idólatras - então, se vos voltais arrependidos, ser-vos-á melhor. E, se voltais as costas, sabei que não escapareis do castigo de Allah. E alvissara, Muhammad, aos que renegam a Fé doloroso castigo.


Versículo 5

E, quando os meses sagrados passarem, matai os idólatras, onde quer que os encontreis, e apanhai-os e sediai-os, e ficai a sua espreita, onde quer que estejam. Então, se se voltam arrependidos e cumprem a oração e concedem az-zakãh¹, deixai-lhes livre o caminho. Por certo, Allah é Perdoador, Misericordiador


O xeque Hammadeck diz que os versículos referem-se ao período de 4 meses sagrados para a peregrinação no qual se compactuou a interrupção de qualquer guerra. Após o período, o conflito poderia ser retomado a menos se houvesse conversão dos idólatras.

Ele afirma que, diferente do que se fala, os muçulmanos não estão em constante guerra com os não-muçulmanos; eles estão em paz, independente da religião do outro.


O xeque Rodrigues fiz que quando começou a guerra entre os muçulmanos e os idólatras que eram o povo de Meca, os muçulmanos já dominavam toda a Arábia. Eles teriam 4 meses para fazer um acordo, converter-se ou entregar Meca. E quem depois cedesse as armas, enfrentaria a guerra.


Finalizando:


Em árabe, o significado da palavra Islam está relacionado à Salam que significa paz. Ao contrário do que é muito noticiado, a paz é a base dessa religião. Hoje é a 2a. religião mais populosa do mundo.


Neste relato vimos que a fé pode ser usada com o intuito de provocar o mal e o terror. Oxalá todos os deuses permitam que isto não mais ocorra e nem se multiplique.


Que a fé sirva como elemento de esperança, paz, amor e carinho.






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