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Igreja Maronita. A única Igreja católica ortodoxa que possui comunhão com roma.

Atualizado: 10 de out.

Em 1054 ocorre a chamada " CISMA DO ORIENTE ", onde o Papa Leão IX e o patriarca de Constantinopla Miguel Cerulário se excomungaram mutuamente. Oficializou-se assim o surgimento da IGREJA ORTODOXA ou da IGREJA CATÓLICA ORTODOXA. Entre elas, a única igreja oriental que manteve vínculo com Roma foi a Igreja Siríaca Maronita de Antióquia. É a única no mundo que nunca teve uma facção separada do catolicismo.

Catedral Nossa Senhora do Líbano - São Paulo, Brasil - Crédito igrejamaronita.org - Eparquia Manorita do Brasil - 2012 - 2023
Catedral Nossa Senhora do Líbano - São Paulo, Brasil - Crédito igrejamaronita.org - Eparquia Manorita do Brasil - 2012 - 2023

A Igreja Maronita é regida por um patriarca. Hoje, o patriarca é Mar Bechara Boutros Rai. A comunhão da Igreja Maronita com a Igreja Romana foi reafirmada em 1182 quando passou a haver entendimento e comunicação entre elas. Em NOV/2012, o Papa Bento XVI, nomeou o Patriarca Bechara como cardeal.


Catedral Maronita de Aleppo, Síria - Crédito Wikimedia
Catedral Maronita de Aleppo, Síria - Crédito Wikimedia

A Igreja Maronita, junto com o povo maronita, são muito tracionais no Líbano. Os maronitas são um dos povos mais antigos de toda a cristandade. Viviam no Patriarcado de Antióquia na Síria e seguiam a orientação religiosa de SÃO MARON e seus discípulos. Hoje, Antióquia corresponde a cidade de Antáquia na Turquia. O nome maronita é derivado de SÃO MARON.


Irmãos Massabki. Santos Maronitas - Crédito Wikimedia
Irmãos Massabki. Santos Maronitas - Crédito Wikimedia

O mosteiro de São Maron em Antióquia foi destruído pelos árabes no ano de 933. Em fuga, os maronitas encontraram liberdade nas montanhas libanesas. O patriarcado maronita então, se transfere para o Líbano em 939. Os maronitas passaram a ter uma grande influência na história do Líbano, de tal forma que através de um pacto político respeitado até hoje, o cargo de Presidente da República do Líbano deve ser reservado a um cristão maronita. Os maronitas constituem um dos principais grupos etnorreligiosos no Líbano.


São Maron foi um sacerdote eremita que dedicava-se a oração e à penitência. Morava sob uma montanha na região de Apaméia, cidade ao norte da Síria, vivendo ao ar livre. Curava doenças. As multidões corriam até ele. A oração era o seu remédio. Morreu por volta de 410. Sua festa litúrgica ocorre no dia 9 de Fevereiro. Após sua morte, seus discípulos construíram vários mosteiros por toda a Síria. Chegando ao Líbano, converteram os habitantes pagãos ao cristianismo.

São Maron - Crédito Wikimedia
São Maron - Crédito Wikimedia

Além de São Maron, vários religiosos maronitas foram canonizados ou beatificados pela Igreja Católica. Entre os principais encontram-se: São Charbel, Santa Rafqa Pietra Choboq e São Nimatullah Kassab.


São Charbel - Crédito Wikimedia
São Charbel - Crédito Wikimedia

Estima-se que haja cerca de 3,5 milhões de maronitas pelo mundo centrados principalmente no Líbano e na Síria, além da diáspora ocorrida para os EUA, Israel, Austrália e Brasil.


Santa Rafqa - Crédito Wikimedia
Santa Rafqa - Crédito Wikimedia

No Brasil, a Igreja maronita possui 7 catedrais chamadas Catedral de Nossa Senhora do Líbano localizadas nas cidades de São Paulo, Baurú, Belo Horizonte, Piracicaba, Porto Alegre, São José do Rio Preto e Rio de Janeiro; e 5 paróquias chamadas Paróquia São Charbel localizadas nas cidades do Rio de Janeiro, Brasília, Campinas, Guarulhos e Suzano.


Catedral N. Senhora do Líbano no Rio de Janeiro, Brasil. Crédito : igrejamaronita.org - Eparquia Manorita do Brasil, 2012- 2023
Catedral N. Senhora do Líbano no Rio de Janeiro, Brasil. Crédito : igrejamaronita.org - Eparquia Manorita do Brasil, 2012- 2023

As igrejas maronitas possuem um ritual próprio, diferente do catolicismo. É seguido o rito oriental. As missas são rezadas em português, mas cada catedral e paróquia mantém missas na língua siro-aramaica, a língua que Cristo falava.


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