"Matéria não existe, o corpo não existe, nem existe alma, o único que existe é Jissô. Jissô é Deus. Apenas Deus existe. O espírito de Deus e sua manifestação é a única realidade. Isso é Jissô."
Esta foi a verdade revelada a Masaharu Taniguchi, fundador da religião em 1930. Sendo uma das novas religiões japonesas, a Secho-no-Ie possui orientações do xintoísmo, do budismo e do cristianismo. É uma religião que busca o aperfeiçoamento e purificação da mente. É adepta à prática da psicoterapia religiosa, do estímulo ao aperfeiçoamento pessoal de seus fiéis, da liberdade de pensamentos religiosos (não-sectarismo) aceitando pessoas que professem outros credos, e também do cuidado ambiental.
O ponto chave de sua doutrina religiosa é a crença no Jissô, ou a "imagem verdadeira". Jissô é a essência da vida divina e sustenta toda a existência. Cabe aos adeptos da Secho-no-Ie alcançar a consciência do Jissô, conhecendo profundamente o seu "ser interior", e o entendimento da vida em sua totalidade (mundo do fenômeno). Esta consciência é alcançada através do Shinsokan, uma técnica meditativa que faz uso de cantos, mantras e entoações
É uma religião muito confiante em relação ao futuro. Suas publicações e preleções sempre focam declarações otimistas a respeito da condição humana, manifestando no mundo considerado fenomênico, a perfeição da vida.
Mesmo possuindo influências do Cristianismo em suas doutrinas (vê Cristo como mestre redentor), a Secho-no-Ie não crê que o homem seja pecador (pecado original). Por ser Filho de Deus, o homem é substância dele e sua real natureza é pura. A ideia do pecado, das doenças e da pobreza, são produtos de projeção ilusória do mundo fenomênico.
Suas principais práticas religiosas são: os cantos evocativos do Jissô, a meditação Shinsokan, a Cerimônia de Purificação da Mente, a Cerimônia de Culto aos Antepassados (algo também muito forte no Confucionismo) e as Orações para a manifestação da "Forma Humana".
Dados de 2014 mostram que a Seicho-no-Ie possui cerca de 1,6 milhões de membros atuando no Japão, Brasil, EUA, Autrália, Canadá, Espanha, Perú, Venezuela, Angola, e outros países com menor intensidade.
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